Sabia que uma noitada regada a “cachaça” pode detonar a sua semana inteira de academia?
Que beber faz mal todo mundo sabe. Só que além dos motivos que já estamos cansados de saber, os malefícios do álcool vão muito além do que boa parte das pessoas imagina. Conheço muitas pessoas que se acabam a semana toda na academia e se entopem de bebida alcoólica nos barzinhos e nas baladas. ERRO! É claro que o insucesso dos treinos não pode ser justificado apenas por esse fato, na verdade ele depende da famosa combinação treinos + boa alimentação + descanso. Mas a bebida alcoólica entra como um grande vilão no item alimentação e contribui e muito para que você não tenha resultados na academia. E é algo que a maioria das pessoas faz sem perceber, pois já incorporaram o hábito no dia dia. Por isso hoje vou focar na relação entre a cervejinha do fim de semana e a sua barriga. E não é por que a bebida é calórica.
Ao consumirmos bebida alcoólica, várias reações ocorrem em nosso corpo. Uma delas afeta diretamente nosso metabolismo: o tempo todo, nosso corpo está gastando energia. E essa energia pode vir de vários lugares: da gordura, dos músculos... maravilha se vier da gordura! Você fica toda durinha e sem barriga! Só que quando bebemos, nosso corpo simplesmente pára de utilizar (queimar) gordura como energia e passa a utilizar a energia contida na bebida. Isso significa que se você beber com freqüência, seu corpo não vai mais entrar no estado de queima de gordura. Assim, tudo que você comer enquanto seu corpo estiver usando as calorias da bebida não será consumido, e sim, armazenado. Socorro, armazenado? Como? SIM, ele ficará guardadinho como uma reserva extra de energia. Em forma de células de gordura na sua barriga, culotes e onde houver espaço.
Daí a famosa expressão “barriga de chopp”, que é a maior verdade do mundo.
O álcool também diminui consideravelmente a testosterona (que ajuda a manter e aumentar os músculos) e aumenta nossos níveis de cortisol, que é um hormônio que destrói tecido muscular. E sabe quando tempo esse efeito dura no corpo? No mínimo 24 horas. Ou seja, são 24 horas de perda muscular, e você cada vez mais molinha e flácida...
Odeio!
Imagine você bebendo um monte na quinta-feira a noite. Cena clássica. Drinks, chopps e mais chopps com as amigas, alegria! Na sexta-feira você está zerada, afinal, de tão acostumada, seu corpo nem sente mais. Saindo do trabalho, a parada é na academia. Você treina, sua, se esforça. Mal sabe que o cortisol ainda está correndo solto e comendo seu tecido muscular. Então pra que treinar? Fique em casa. Ou melhor, se você for esperta, não beba!
E como se já não bastasse ficar gorda, mole e flácida (medo), além de todos esses efeitos estéticos, o álcool faz seu fígado ficar ocupado o tempo todo convertendo álcool em acetato, o que faz com que vitaminas e minerais que passem pelo fígado sejam eliminados pelo processo de desintoxicação. Você vai urinar cálcio e magnésio. Por isso aquela vontade de ir no banheiro mil vezes quando bebemos além da conta: não estamos eliminando urina normal, e sim, nutrientes importantes para nosso corpo. E além disso tudo, o álcool ainda vai competir com o estômago pela absorção na corrente sanguínea.
No quesito calorias, o álcool só perde para as gorduras. E aí mora o maior erro de quem faz dieta: cortam as gorduras mas não cortam a bebida sagrada do fim de semana, e depois não entendem por que não emagrecem e não ganham músculos.
Bom, acho que já falei o suficiente, né?
Em resumo, o álcool:
- Diminui os níveis de testosterona (hormônio anabólico);
- Aumenta os níveis de cortisol (hormônio catabólico);
- Diminui a síntese protéica;
- Compromete uma série de funções motoras e cognitivas;
- Causa desordem no sono;
- Diminui a absorção de vitaminas e minerais;
- Causa desidratação;
Eu sei que muitos de vocês vão ler e dizer que estou sendo radical, que um choppzinho não faz mal. Olha, pode até não fazer muito mal em quantidades comedidas. Porém eu parto do princípio de que, quando realmente corto algo da minha dieta, depois de um tempo eu esqueço do gosto e fica muito mais fácil perder o hábito. Dar umas escapulidas é a chance que seu cérebro quer pra te sabotar.
Fica a dica!
Beijos,
Carol